Dólar em Alta, IA e Robôs: Transformações na Economia e no Mercado

Dólar em Alta, IA e Robôs: Transformações na Economia e no Mercado

O dólar enfrenta um momento de alta, enquanto o avanço da inteligência artificial está tornando robôs cada vez mais similares aos humanos. Esses são alguns dos principais tópicos abordados na edição da newsletter FolhaMercado desta quinta-feira (13).

Explorar esses temas é crucial para compreender as dinâmicas da economia global e as inovações tecnológicas que estão moldando nosso futuro.

O Dólar e a Economia Global

Investidores começam esta quinta-feira (13) numa espécie de ressaca. O dia anterior foi marcado por uma desvalorização significativa para o Brasil no mercado global, com o real em queda e as empresas despencando na Bolsa. O dólar bateu R$ 5,40 e a Bolsa de Valores caiu 1,40%. Em contraste, as ações nos Estados Unidos tiveram uma quarta-feira positiva, com o dólar enfraquecendo em comparação com outras moedas fortes após a desaceleração da inflação nos EUA e a indicação do banco central americano de que cortará os juros uma vez este ano.

Motivações e Consequências

Uma série de fatores, tanto externos quanto internos, explicam o humor negativo nos mercados brasileiros desde abril. A avaliação é de que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) está enfraquecendo e que o governo não tem disposição para cortar gastos a favor de equilibrar as contas. Governistas defendem o ministro, no entanto, e dizem que ele está firme no cargo.

  • O Congresso rejeitou a medida provisória do governo que buscava R$ 26 bilhões para compensar o acordo que mantém a desoneração da folha de pagamento.
  • Economistas alertam para os reajustes acima da inflação nas pensões e benefícios, acompanhando a nova regra de alta do salário mínimo.
  • Despesas com educação e saúde crescem acima da inflação às custas de outras áreas do orçamento.

A flexibilização proposta liberaria R$ 131 bilhões para outros gastos nos próximos anos, mas poderia levar o SUS a perder R$ 24 bilhões. A proposta de mudanças nas regras foi colocada em pauta pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e defendida pelo ministro Haddad. No entanto, investidores permanecem céticos.

O presidente Lula afirma que o governo está comprometido com o equilíbrio das contas, mas suas declarações foram vistas como uma defesa apenas do aumento de receita. “O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público”, disse o presidente.

Evidências de que o banco central americano poderia não fazer um corte amplo nos juros foram um dos principais gatilhos para a desvalorização do real. Além disso, o racha no Copom durante a decisão de corte de juros — com um placar de 5 votos a 4 pela queda de 0,25 ponto percentual da Selic — contribuiu para o pessimismo.

Inteligência Artificial e Robôs no Mercado

Na China, a Ex-Robots está utilizando inteligência artificial para deixar as expressões dos robôs mais precisas e naturais. A ideia é melhorar o reconhecimento das emoções humanas e a expressão delas pelos robôs humanoides. Funcionários da Ex-Robots participam dos treinamentos dos robôs, que conseguem imitar ações humanas, como mostrar a língua e sorrir. A produção de um robô humanoide leva de duas semanas a um mês, com preços que variam de 1,5 milhão a 2 milhões de iuans (R$ 1,1 milhão a R$ 1,5 milhão).

Aplicações Futuras

Atualmente, os robôs são vendidos apenas para museus. No futuro, contudo, a empresa mira o setor de saúde e serviços, onde a demanda por interações emocionais é crescente. Dados da Federação Internacional de Robótica mostram que a China é o quinto país com a maior robotização da economia, atrás de Coreia do Sul, Singapura, Alemanha e Japão. Em 2022, a China tinha 392 robôs para cada 10.000 empregados, enquanto a Coreia do Sul liderava com 1.012 por 10.000 empregados.

Nos Estados Unidos, a Covariant, uma startup fundada por ex-pesquisadores da OpenAI, também está usando IA para melhorar a capacidade de robôs interagirem com o mundo material. A empresa de robótica da Califórnia está focada em construir robôs mais inteligentes para a indústria. A fabricação de robôs domésticos é uma nova aposta da Apple, que está desenvolvendo um robô para ajudar em tarefas pessoais, após cancelar o desenvolvimento de carros elétricos.

Impactos na Economia e no Mercado

As recentes movimentações no mercado financeiro e as inovações tecnológicas têm impactos profundos na economia global. A desvalorização do real e a instabilidade política no Brasil afetam diretamente a confiança dos investidores e a performance das empresas na Bolsa de Valores. Por outro lado, a desaceleração da inflação nos EUA e a possível redução dos juros pelo banco central americano trazem um alívio temporário para o dólar, mas também indicam uma economia global em constante mudança.

O avanço da inteligência artificial e a robotização são tendências que moldam o futuro do mercado de trabalho e dos serviços. Empresas como a Ex-Robots e a Covariant estão na vanguarda dessas inovações, desenvolvendo robôs que não apenas realizam tarefas físicas, mas também interagem de maneira mais humana. Isso abre novas possibilidades para setores como saúde e serviços, onde a demanda por interações emocionais é crescente.

Em resumo, a combinação de fatores econômicos e tecnológicos está redefinindo o cenário global. O dólar, a inteligência artificial e os robôs são elementos centrais nessa transformação, influenciando desde as políticas econômicas até as inovações que moldam o futuro do trabalho e dos serviços. Manter-se atualizado sobre essas tendências é crucial para entender as dinâmicas do mercado e as oportunidades que surgem nesse novo contexto.



Créditos: publicai.com.br

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